sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Jornal Inglês para Estrangeiros no Algarve "The Portugal News Online Issue" faz reportagem a um Guarda-nocturno no Algarve


Forma mais antiga de policiamento, aumenta o prestígio de Portugal.

Apesar de ser uma das primeiras formas de policiamento da história de Portugal, pouco se sabe sobre a profissão de Guarda Noturno, uma profissão que é realizada até hoje e... em comparação com outras formas de protecção civil, é em grande parte desconhecida .
José dos Santos é guarda-nocturno desde 2002, cobrindo a área da Praia da Luz, Lagos.
Ele também é vice-presidente da Associação Sócio-Profissional dos Guardas-Nocturnos.
"É uma profissão muito antiga", diz ao The Portugal News, acrescentando: "Há ainda muitas pessoas, portugueses e estrangeiros, que pouco sabem sobre a actividade. Ela carece de visibilidade. "
Os Guardas-Nocturnos são civis admitidos pelas Câmaras Municipais através de um processo de selecção para exercer as funções de guarda nocturno em uma determinada área. É atribuído por área um guarda-nocturno que trabalha sozinho, tradicionalmente a partir de meia-noite até às seis horas, patrulhando a área para prevenir ou detectar situações anómalas.
O que talvez marque a diferença, é que os Guardas-Nocturnos estão autorizados a utilizar algemas, bastão e arma de fogo. Eles também estão autorizados a utilizar sprays de pimenta e armas de descarga eléctrica.
O que os diferencia da actividade de vigilância privada, pois eles são as únicas pessoas, além das forças e serviços de segurança do estado, que estão legalmente autorizados a realizar estas funções na via pública.
"Em dez anos de serviço eu nunca tive que usar a minha arma, espero fazer este trabalho por muitos anos e nunca ter que a utilizar", diz o Sr. Santos. Na sua opinião, a visibilidade do equipamento, nomeadamente a arma de fogo, tem um "efeito dissuasor".
"Eu gosto de pensar que já tenho ajudado a evitar muitas situações na Praia da Luz. O fato de que as pessoas me verem armado, faz aumentar o sentimento de segurança a essas pessoas."
Os Guardas-Nocturnos também patrulham propriedades privadas, de pessoas que contribuem com o serviço, respondendo também a solicitações específicas, que podem incluir a compra de medicamentos e responder a alarmes das propriedades dessas pessoas.
A remuneração é na forma de contribuições voluntárias pagas mensalmente ou anualmente pelos proprietários, que geralmente vai dos 20€ aos 30€ por mês no caso de uma moradia.
Antes de iniciar o serviço, o Guarda-Nocturno entra ao serviço na GNR local recebendo indicações de serviço, nas situações que ocorram em serviço, o primeiro telefonema é feito para essa força.
No entanto, após quase 10 anos de serviço, o Sr. Santos está confiante em dizer que o sentimento de segurança na Praia da Luz não piorou nos últimos tempos.
"Eu não tenho essa percepção sobre a Praia da Luz", diz ele, estimando que a maioria dos crimes cometidos na vila são actos de oportunismo.
"As pessoas alugam casas e carros, mas não se preocupam em fechá-los adequadamente", ressalva, lembrando situações em que as portas do carro foram deixadas abertas. "Só é preciso que um ladrão passe e leve o que puder."
Descreve o trabalho como uma "actividade de risco", principalmente devido ao fato de que guardas-nocturnos trabalharem sozinhos e no escuro da noite, o Sr. Santos admite que em certas ocasiões ele tem que pensar duas vezes sobre se intervém ou não.
No entanto, ele acredita que dada a difícil situação económica que o país actualmente atravessa, o Guarda Nocturno oferece "um serviço de prevenção activa contra o crime em prol das comunidades locais e da população em geral."
Actualmente, no Algarve, existem guardas-nocturnos na Praia da Luz, Lagos, Portimão, Tavira, Loulé, Almancil e Quarteira. Faro está em fase inicial da criação do serviço.
Para mais informações, ligue:
(+351) 964 542 462.

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